domingo, 4 de maio de 2014

Anjo Negro ancestral em cena

Ângelo Fábio (Anjo Negro) - Imagens: Fernando Azevedo



Peça encerra a temporada no Recife

Há 68 anos, Nelson Rodrigues escrevia o texto da peça Anjo Negro. Ele queria retratar a existência do racismo sentido pelos negros; racismo praticado por brancos e também praticado pelo próprio negro. Não imaginaria que tal preconceito ainda insiste, sendo fonte para  a encenação do seu texto em terras recifenses, com o espetáculo "Anjo Negro - Um Nelson Ancestral", que termina sua temporada neste domingo (04.05), no Teatro Barreto Júnior.

Mais de 6 décadas se passaram e continuamos vivenciado tal racismo que se reflete em atos que ocupam variados espaços, que vão dos reais, aos virtuais. Em tempos de discussões que giraram em torno de "bananas, macacos e negros", é importante ter acesso à montagens teatrais como o Anjo Negro e sair da peça com a "mente" cheia de indagações.

Uma oportunidade para tal reflexão, é assistir o espetáculo produzido pelo grupo pernambucano "O Poste Soluções Luminosas", que tem sua última encenação neste domingo, 04 de maio, no Recife. O espectador que for conferir a encenação poderá presenciar todo um projeto que foi pensado sob o olhar de um Nelson Rodrigues "revisitado" pelas características da ancestralidade negra.

"Neste trabalho tentamos mostrar não só a questão do preconceito, mas revestir a história com características da cultura africana e de sua religiosidade. Queremos deixar esta marca de forma sutil, não estereotipada", resumiu Samuel Santos, responsável pela encenação e cenografia. A peça tem no elenco: Ângelo Fábio, Agrinez Melo, André Caciano,Nana Sodré, Maria Luísa e Smirna Maciel.

Mais em:

Imagens:
É possível conferir cliques da peça retratadas pelo fotógrafo Fernando Azevedo


Serviço:
Anjo Negro, peça do grupo O Poste Soluções Luminosas
Quando: 04/05-  domingo
Loca: Teatro Barreto Júnior – R. Estudante Jeremias Bastos , S/N - Pina
Recife – PE | Fone | (81) 3326-4177
Horário:20h
Valores: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia).
Censura – 18 anos



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